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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sexualidade da criança

Você já andou perdendo o sono algumas vezes pensando em o que fazer com aquelas crianças que vivem tocando as genitálias? Ou alguma vez já se viu gritando com uma criança para que ela tirasse a mão de dentro da calcinha ou cueca? 

Para quem trabalha com educação infantil esses episódios são muito comuns, sobretudo na criança menor que está deixando de lado as fraldas, o que lhe permite explorar com mais liberdade seu corpo. O que não é muito comum é uma reação tranquila do adulto diante de uma cena dessa natureza. Via de regra, movidos pelos preconceitos, valores morais, desconhecimento e outros, reagimos com alarde e assustamos ou constrangemos os pequenos, que não compreendem tais reações. A matéria da Nova Escola reproduzida abaixo dá boas dicas de como lidar com essa questão.   

 

 

Masturbação infantil

Como lidar com a libido de crianças de pré-escola que se masturbam na sala?

Silvia Maria de Freitas Adrião, de São Paulo, SP (Silvia Maria de Freitas Adrião, de São Paulo, SP)

A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância, mas é tabu em qualquer fase. Desde a Idade Média, incutia-se na cabeça de crianças e jovens "males" causados pela prática, como loucura, isolamento, espinhas no rosto e até pêlos nas mãos. Tudo bobagem!

Por volta dos 3 anos, a criança passa por mudanças significativas: deixa de usar fraldas, torna-se mais independente dos pais e descobre seu corpo. Nessa "exploração", ela se toca e acaba descobrindo o prazer que isso causa. "Essa fase faz parte do desenvolvimento, assim como engatinhar, andar e falar", diz Anne Lise Silveira Scapaticci, psicanalista e terapeuta familiar.

Nem por isso deve-se considerar tudo natural e permitido. É possível que a masturbação seja um problema quando é freqüente. "Pode ser sintoma de que a criança não consegue encontrar prazer nas brincadeiras e no relacionamento com colegas e adultos", explica o educador e psicanalista Carlos Alberto de Mattos Ferreira.

Como agir
Em primeiro lugar, explique que há coisas que não devem ser feitas na frente das pessoas, como cocô e xixi ou brincar com os órgãos sexuais. Mostre a diferença entre público e privado e não entre certo e errado. Recriminar pode ser desastroso, pois é possível que o garoto ou a garota acabe por misturar sentimento de prazer e satisfação com complexo de culpa. Segundo, desvie a atenção dessas crianças para os prazeres da escola, como pintar, tocar um instrumento, brincar, correr, dançar e jogar. Valorize a imagem e melhore a auto-estima delas, elogiando suas tarefas e dando-lhe atenção.

Dicas

- Para você identificar se a criança está tendo um comportamento compulsivo, observe se além de masturbar-se ela apresenta outros sinais, como isolamento, dificuldade para participar de atividades em grupo e baixa auto-estima.

- Não chame a atenção da criança na frente da turma nem recrimine a masturbação. Converse com ele em particular, dê atenção e afeto.

- Se o problema persistir e você sentir necessidade de conversar com os pais, esclareça que a masturbação é um ato comum e normal, mas respeite a crença religiosa da família. Para muitas pessoas, a masturbação é considerada pecado. Nesse caso, você poderá fazer bem pouco, mas insista que recriminar pode causar danos maiores.
Quer saber mais?

Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS), R. Bruxelas, 169, 01259-020, São Paulo, SP, tel. (11) 3801-3691
A Educação Sexual da Criança, César Nunes e Edna Silva, 148 págs., Ed. Autores Associados, tel. (19) 3289-5930, 12 reais

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/masturbacao-infantil-422840.shtml

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